Em 2 de setembro de 2025, durante audiência por videoconferência na Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, o ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro — atualmente foragido na Itália — acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de adulterar a data de um documento oficial para justificar ações da Polícia Federal (PF)
Segundo Tagliaferro, que atuou como perito no TSE, ele redigiu um documento técnico após uma operação policial, mas houve uma manipulação que alterou a data original, de 28 de agosto de 2022 às 10h33, para 22 de agosto, com o objetivo de formalmente justificar ações da PF como se tivessem sido tomadas anteriormente.
De acordo com ele, essa mudança teria sido motivada para evitar a percepção de que a operação foi baseada apenas em uma notícia de imprensa
Respondendo às acusações, a assessoria de Moraes emitiu uma nota afirmando que todos os procedimentos relativos aos inquéritos 4781 (Fake News) e 4878 (Milícias Digitais) foram realizados com rigor, dentro dos trâmites regimentais e com participação da Procuradoria‑Geral da República.
Foi detalhado que suas determinações envolviam requisição de relatórios ao TSE, que foram produzidos legalmente e encaminhados à PF para continuidade das investigações, com ciência da PGR.
No caso específico da PET 10.543, foi explicado que após decisão do ministro relator em 19 de agosto, um relatório foi solicitado ao TSE e juntado aos autos em 29 de agosto, com imediata vista às partes. O recurso da PGR, inclusive, não foi conhecido pelo STF em 9 de setembro — tudo, segundo o ministro, ocorreu dentro da legalidade e devidamente documentado.
Leave a comment